Por que estudamos
Tecnologia em Gestão Ambiental?
A crescente e recente preocupação com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável decorre da antevisão e constatação de cientistas, ambientalistas, e de pessoas esclarecidas e conscientes de que o Homem, a despeito de ser o ente mais avançado na escala de evolução do Planeta Terra, explorou e continua explorando os recursos naturais, provocando alteração da biodiversidade e culminando em impactos ambientais indesejáveis e não programados.A expansão demográfica e concentração da população nas cidades, aliadas ao processo de industrialização e concentração de poder em que impera a exploração dos recursos naturais, a busca por lucros incessantes e o incentivo ao consumo desenfreado, sem a devida atenção às consequências, foram fatores determinantes para o agravamento da desigualdade social, poluição, efeito estufa e deterioração do meio ambiente. Constatamos hoje que o aquecimento global e as mudanças climáticas consideráveis daí decorrentes, como aumento do degelo de montanhas e geleiras, furacões e tornados, secas, queimadas e enchentes, causaram prejuízos sociais, ambientais e econômicos devastadores.
Diversos estudos oferecem um panorama para empresas, governantes e gestores da sociedade civil de como estará o planeta em 2050. Projeta-se um salto na população mundial, dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões de habitantes, sendo que 98% desse crescimento deverá ocorrer nos países emergentes e em desenvolvimento, de acordo com estimativas das Nações Unidas. Haverá ainda mais pressão sobre o planeta, aumentando a demanda por alimentos, água, moradias, recursos naturais e energia.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, de 1972, em Estocolmo, representou um marco na colocação da dimensão do meio ambiente na agenda internacional. A revolução ambiental teve consequências éticas e epistemológicas de longo alcance, ao quebrar o paradigma de que a ciência pode dominar a natureza através do seu virtuoso progresso técnico. Nesta Conferência, as posições do economicismo arrogante e do fundamentalismo ecológico foram descartadas, sendo proposta uma abordagem fundamentada na harmonização de objetivos sociais, ambientais e econômicos, que pudesse estabelecer um aproveitamento racional e ecologicamente sustentável da natureza em benefício das populações locais, levando-as a incorporar a preocupação com a conservação da biodiversidade aos seus próprios interesses, como um componente da estratégia de desenvolvimento.
Há uma discrepância entre o consumo humano e a biocapacidade. O consumo é feito por 20% da população mundial que habita os países com índices de alto desenvolvimento humano, formando a “cortina de ouro”. O vídeo História das Coisas apresenta dados alarmantes; somente nos EUA, 99% da produção é consumida em menos de 6 meses, resultado das obsolescências programada e perceptiva. Metade a três quartos dos insumos industriais da Alemanha, da Holanda, do Japão e dos Estados Unidos voltam ao meio ambiente como lixo, após utilização. Enquanto não há sinais de rupturas mais graves que as mudanças climáticas têm promovido, continuamos excedendo em consumo e exploração de recursos naturais, em velocidade superior à que o planeta pode regenerar.
É neste contexto que entra o Gestor Ambiental. Desejamos, através dos conhecimentos que estamos adquirindo em nosso curso, colaborar concretamente para um desenvolvimento que satisfaça as nossas necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em suprirem as suas próprias.
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